Divulgação The Human Project

Imagem: Divulgação/The Human Project

O Instituto Social Terra & Gente registra mais um importante movimento de formação e inovação comunitária através do protagonismo juvenil. Nos últimos dias, Vitória Maria de Sousa, 19 anos, coordenadora do Coletivo Nova Juventude, aprofundou-se no estudo do Projeto CRIA, uma reconhecida tecnologia social desenvolvida pelo The Hunger Project Brasil (THP) e implementada em comunidades de Pedra Furada, em Sergipe.

Mesmo sem viajar ao estado, Vitória dedicou-se a compreender o modelo por meio do site oficial, materiais públicos, artigos e metodologias descritas pela equipe do THP. Sua investigação resultou em reflexões relevantes para a realidade da Zona Norte de Manaus.

O que é o CRIA?

O CRIA é uma tecnologia social voltada para o cuidado com a primeira infância, construída a partir da mobilização comunitária.

Sua proposta é fortalecer vínculos familiares e ampliar o cuidado integral de crianças de 0 a 6 anos, por meio de:

  • rodas de conversa com mães, pais e responsáveis;
  • atividades educativas sobre gestação, pré-natal e cuidados materno-infantis;
  • debates sobre parentalidade, saúde emocional e desenvolvimento infantil;
  • orientações sobre higiene, nutrição, educação e bem-estar;
  • criação de uma rede comunitária de suporte, fortalecendo relações entre moradores, escolas, unidades de saúde e lideranças locais.

Além do aspecto técnico, o CRIA reforça a ideia de que o cuidado infantil é responsabilidade coletiva e que comunidades fortalecidas produzem infâncias mais seguras, saudáveis e amparadas.

Vitória Maria traz a experiência estudada para Manaus

Ao concluir sua leitura e interpretação das metodologias apresentadas pelo Projeto CRIA, Vitória procurou o Diretor de Projetos e Estratégia do Instituto Social Terra & Gente, Washington Leal, para apresentar suas impressões e sugestões.

Durante a reunião, ela destacou a necessidade de adaptações para a realidade local, considerando fatores sociais, territoriais e culturais da Zona Norte, especialmente em bairros como Cidade de Deus, América do Sul, Cidade Nova, Terra Nova e Monte das Oliveiras.

Vitória propôs que o Instituto utilizasse como referência a metodologia central do CRIA, mas desenvolvendo um formato próprio, adequado às comunidades atendidas, uma iniciativa visionária e alinhada aos princípios do Instituto.

Nasce a proposta do “CRIA do Bairro”

Impressionado com a maturidade da análise e a sensibilidade comunitária de Vitória, Washington Leal encorajou-a a transformar sua pesquisa em uma proposta institucional.

Durante a conversa, ele sugeriu o nome piloto: CRIA do Bairro.

Uma possível iniciativa futura que, inspirada no CRIA original, seria voltada para:

  • fortalecer vínculos familiares nas comunidades da Zona Norte;
  • ampliar espaços de diálogo sobre maternidade, paternidade e primeira infância;
  • envolver escolas, igrejas, lideranças e agentes comunitários;
  • formar jovens como multiplicadores de cuidado e cidadania.

O Instituto ainda está avaliando o modelo, escopo e viabilidade para sua implementação, mas reconhece o valor da proposta e sua sintonia com as demandas sociais da região.

Vitória Maria de Sousa

Vitória Maria de Sousa, coordenadora do Coletivo Nova Juventude.

Protagonismo juvenil e compromisso comunitário

O estudo de Vitória Maria demonstra como o protagonismo da juventude pode gerar transformações reais e inspirar novos caminhos de atuação social.

Ao trazer conhecimento externo, refletir sobre sua comunidade e propor soluções inovadoras, ela fortalece a missão do Instituto Terra & Gente de:

  • formar cidadãos;
  • promover engajamento social;
  • desenvolver tecnologias comunitárias adaptadas à realidade amazônica;
  • ampliar o cuidado com famílias e crianças.

O Instituto Social Terra & Gente seguirá acompanhando o desenvolvimento da proposta CRIA do Bairro e fornecerá todo apoio necessário para que iniciativas assim continuem surgindo, amadurecendo e fortalecendo nossas comunidades.

Instituto Social Terra & Gente

Núcleo de Juventude